domingo, 4 de fevereiro de 2018

INDICADOS AO OSCAR 2018: Ator Coadjuvante

Christopher Plummer (Todo o Dinheiro do Mundo) foi chamado às pressas para substituir Kevin Spacey depois de todo o escândalo envolvendo o ator. Plummer interpreta o bilionário John Paul Getty, magnata do petróleo que se recusa a pagar o resgate do sequestro de um dos seus netos. Nem parece que o ator teve somente alguns dias para dar conta de uma tarefa tão complicada. Considerado a melhor coisa do filme, a presença do ator é muito melhor do que aquela maquiagem esquisita que seu antecessor usava. Ele já tem na estante o prêmio da categoria por Toda Forma de Amor (2012) - que o tornou o ator mais idoso a ganhar um Oscar. Esta é a terceira indicação de sua carreira - e o tornou o ator de maior idade a concorrer ao prêmio. Plummer tem 88 anos. 

Richard Jenkins (A Forma da Água) já foi indicado ao Oscar anteriormente como melhor ator por O Visitante (2007), aqui ele voltou a ser lembrado pelo papel do amigo da protagonista apaixonada por um monstro. Os méritos de sua atuação vem da humanização que confere a um personagem que não tem muito o que fazer em cena, mas ganha complexidade e carisma em suas mãos. O rosto de Jenkins é bastante conhecido do público, especialmente pelos seus papéis na televisão em trabalhos marcantes na série A Sete Palmos (2001-2005) e na minissérie Olive Kitteridge (2014) que lhe rendeu vários prêmios importantes (e vale dizer que é um dos meus atores favoritos). 

Sam Rockwell (Três Anúncios para um Crime) foi lembrado pela primeira vez no Oscar - e já levou o SAG e o Globo de Ouro deste ano. Famoso por viver personagens instáveis, ele é o favorito na categoria por sua atuação como um policial racista, misógino e violento que entra em conflito com a protagonista que busca descobrir quem é o assassino da própria filha. O que chama atenção no papel é justamente a guinada que o personagem possui lá pela metade da trama. É o único na categoria a nunca ter sido indicado ao prêmio anteriormente - mas bem que merecia ter sido indicado anteriormente por Lunar (2009) e até por À Espera de Um Milagre (1999) que o tornou em um ator  para se ficar de olho.

Willem Dafoe (Projeto Flórida) atua em Hollywood desde 1980 e ficou conhecido por fazer todo tipo de personagem, seja em filmes independentes ou superproduções. Dafoe já foi indicado ao Oscar outras duas vezes, sempre como coadjuvante - a primeira foi pelo premiado Platoon (1986) e a segunda por seu trabalho excepcional em A Sombra do Vampiro (2000). Aqui ele se junta ao diretor Sean Baker para viver o atencioso zelador de um hotel decadente da Flórida. Será que o papel lhe renderá o primeiro Oscar de sua carreira? Ele já recebeu o Board of Review de ator coadjuvante e a torcida por ele é grande.

Woody Harrelson (Três Anúncios Para um Crime) parece que se torna mais querido com o passar do tempo. O texano vive o delegado Willougby que tem como maior preocupação um grande problema de saúde... pelo menos até que uma mãe toma medidas drásticas para cobrar resultados sobre a investigação da morte da filha. A cidade vira um campo de guerra. Mais uma vez o talento do ator ajuda um papel comum a se destacar na história, já que em momento algum deixamos de simpatizar com seu personagem. Este é o terceiro trabalho reconhecido de Woody perante a Academia, que anteriormente o indicou como melhor ator por O Povo Contra Larry Flynt (1996) e coadjuvante por O Mensageiro (2009). 

O ESQUECIDO: Armie Hammer (Me Chame pelo Seu Nome) era um dos favorito para conseguir uma indicação este ano, mas conforme crescia o favoritismo de outro parceiro de cena (Michael Stuhlbarg) os votos devem ter dividido e os dois acabaram ficando de fora. A indicação serviria para espantar a má fama de pé-frio para os filmes que participa, mas acredito que novas chances virão, já que Me Chame Pelo Seu Nome deverá ter uma continuação em breve. Há quem também diga que sua não indicação pode ser atribuída a outro fator: Armie é galã demais para ter seu talento reconhecido pela Academia... será? O ator também já foi ignorado por seus trabalhos em A Rede Social (2010) e  J. Edgar (2011). 

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