sexta-feira, 19 de junho de 2015

Pódio: Annette Bening

Bronze: a trambiqueira

3º  Os Imorais (1990) 
Em seu terceiro filme para a telona, Annette conseguiu sua primeira indicação ao Oscar (como atriz coadjuvante) pelo papel da pilantra Myra Langtry, esposa do malandro Roy Dillon (John Cusack) e nora da esperta Lilly Dillon (Anjelica Huston). Stephen Frears cria um suspense dramático ambientado no mundo marginal - e a relação do trio protagonista é mais complexo do que você imagina. Nesse filme Annette provou que conseguia ir do drama à comédia em questão de segundos (e nem imaginava que casaria com o cobiçado Warren Beatty no ano seguinte). 

Prata: a biruta
Bening já era celebrada quando viveu a problemática poetisa Deirdree Burroughs, que abandona seu filho Augusten (Joseph Cross, um verdadeiro achado) na casa do psiquiatra enquanto se entope de remédios em busca da fama que nunca chega. Bening mergulha da insanidade da personagem de forma impressionante e realiza um dos seus trabalhos mais intrigantes. O filme fracassou nas bilheterias, mas Annette foi lembrada no Globo de Ouro por essa comédia de humor negro que retrata a nascente de uma situação bastante atual: tomar remédios para lidar com seus problemas emocionais. 

Ouro: a esposa perfeita?
1º Beleza Americana (1999)
Conforme o tempo passa, considero o filme de estreia de Sam Mendes uma obra-prima ainda maior (e me pergunto como Annette perdeu o Oscar por sua atuação!). Na pele da neurórica Carolyn Burnhan, a atriz está mais sensacional do que nunca! Carol quer manter a imagem do sucesso a qualquer preço, mas isso pode lhe custar mais do que ela imagina. Se a personagem nasce da caricatura, sob a batuta de Mendes, Annette destrói a casca de bem estar da personagem e revela o que ela possui de mais humano debaixo de toda armadura (sobretudo nas cenas finais). Bening tornou-se uma das atrizes mais respeitadas de sua geração por sua performance. 

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