segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

COMBO: O Que A Gente Não Faz por Amor?

5 Crepúsculo (2008) Dá para acreditar que Robert Pattinson fez o teste para o papel do vampiro Edward somente porque estava apaixonado pela insossa Kristen Stewart - desde que a viu como a jovem hippie de Na Natureza Selvagem (2007)? Pois o rapaz deu sorte de ser o escolhido para o papel principal, engatou um namoro com a garota, se tornou astro mundialmente famoso, rico e ainda levou dois chifres reluzentes de brinde neste ano! Agora que a saga, graças ao Conde Drácula,  chegou ao fim é até engraçado lembrar  de que se não fosse por ela o rapazinho teria continuado em papéis coadjuvantes por um bom tempo em produções inglesas! Não sou fã da série, mas tenho que reconhecer que por amor o rapaz se tornou um dos atores mais cobiçados pela mulherada. 

4 A Ilha da Garganta Cortada (1996) Geena Davis já tinha na estante o Oscar de coadjuvante por O Turista Acidental/1988 e a indicação ao  prêmio de atriz por Thelma & Louise/1991 quando resolveu juntar os trapinhos com o diretor de filmes de ação Renny Harlin. Do relacionamento nasceram dois filmes, este mal sucedido longa sobre piratas - que amargou críticas péssimas e bilheteria pífia - com uma chata que se mete a ser capitã de um navio e buscar por um tesouro. O resultado é uma grande confusão que concorreu ao Framboesa de Ouro de pior diretor. Harlin ainda teve lábia para convencê-la a produzir O Despertar de um Pesadelo (1996), que fez algum sucesso, mas que serviu para Geena ver que a carreira já ia mal das pernas com aquele homem ao seu lado... o resultado foi ter como último papel famoso a mãe do ratinho em Stuart Little (1999) seu filme seguinte após três anos esquecida e... por onde ela anda?

3 Schizopolis (1996) Amar é... ajudar o marido a exorcizar a carreira e o casamento num filme experimental? Esta foi a ideia aceita pela esposa de Steven Soderbergh  quando ele resolveu fazer um filme sobre a falência de seu casamento e de sua carreira. O diretor escalou a esposa e o filho para atuarem num filme esquisito que mescla três olhares sobre a mesma história - que envolve uma suspeita de adultério numa cidadezinha do interior americano onde todo mundo é tão comum que beira o surreal. Esta comédia experimental foi exibida somente em festivais, não se tornou sucesso de bilheteria e nem tem grandes astros no elenco. No entanto, cumpriu exatamente o seu papel: além de motivar o divórcio, colocou a carreira do diretor nos eixos  - ele voltou a ser querido em Hollywood, ganhou o Oscar de direção em 2001 e chega a lançar mais de um filme por ano desde então. Isso que é ex-patroa!


2 Destino Insólito (2002) Madonna estava toda prosa casada com o diretor Guy Ritchie. A vida a dois parecia funcionar bem... em casa, mas no trabalho... ele aceitou a ideia da esposa de refilmar o filme italiano Por Um Destino Insólito (1976) de Lina Wertmüller, onde uma dondoca mimada e rabugenta (papel que Madonna interpreta curiosamente bem) fica perdida numa ilha deserta com um rústico pescador gerando uma simbólica briga de classes sociais. A refilmagem foi massacrada pelo tom machista do roteiro e se tornou o pior filme da carreira de Guy Ritchie (ainda faturou o Framboesa de Ouro de Pior filme, pior diretor, pior atriz, pior dupla e pior refilmagem). Depois dele, Madonna disse que jamais atuaria novamente - e Guy até que tentou dar uma forcinha dirigindo a loura em seu filme seguinte, Revólver (2005), mas (misteriosamente) as cenas em que ela participou foram banidas na mesa de edição... 

 1 Brown Bunny (2003) O que poderia ser pior do que atuar por amor num fiasco de público e crítica? Somente participar de um fracasso de público e crítica onde você expõe sua privacidade dizendo ser um personagem. Brown Bunny foi massacrado desde que foi exibido pela primeira vez em Cannes com a pretensão de Vincent Gallo ao contar a história de um motociclista perturbado pela perda da namorada. A trajetória do personagem é contada como um drama intimista ao estilo dos filmes da década de 1970 e tem seu ápice numa controversa cena de sexo oral explícita entre Gallo e a namorada na época, Chloë Sevigny. Enquanto Gallo montou uma nova versão do filme que foi exibida no Festival de Veneza (e ganhou o prêmio da crítica) - e colheu elogios desde o início pela sua... digamos... "anatomia" - Chloë sofreu represálias dos fãs e de produtores... ah, o amor!!!

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