Extremely Loud and Incredibly Close
Stephen Daldry já era famoso nos palcos ingleses quando se aventurou pelo cinema, desde então todos os seus (três) filmes lhe renderam uma indicação ao Oscar de direção. Será que sua carreira cinematográfica permanecerá com seu 100% de aproveitamento? Ao que indica o trailer deste drama, parece que sim - e a ajuda de Tom Hanks (que clama por uma injeção de ânimo na carreira) e Sandra Bullock (quem diria, quebrando a maldição do Oscar de Atriz) deve fazer muito bem ao filme que conta a saga de um menino de nove anos que busca uma resposta para a chave deixada pelo seu pai antes dele falecer nos atentados de onze de setembro de 2001. Uma trama emocional feito essa nos dez anos da catástrofe deve ajudar ainda mais no lobby das premiações.
Young Adult
Jason Reitman pode não ter 100% de aproveitamento nos seus filmes perante a Academia (bastava Obrigado por Fumar, o que seria muito justo em sua estreia), mas em seu quarto longa o rapaz parece querer repetir o feito de seus últimos dois filmes. Young Adult reata a parceria do cineasta com Diablo Cody (que precisa mostrar serviço depois do fiasco de Garota Infernal/2010) e traz uma trama que gira em torno de uma anti-heroína que após o divórcio resolve reconquistar um antigo amor da escola. O problema é que ele se encontra casado e com filhos! Charlize Theron numa comédia (o que é uma raridade) deve conseguir, no mínimo, uma vaga na disputa do Globo de Ouro! Além disso o filme pode render finalmente o destaque que Patrick Wilson anda precisando! Será que a Academia irá resistir ao apelo pop que aparece no trailer?
Tinker Taylor Soldier Spy
Quem pode repetir uma rara terceira indicação consecutiva ao careca dourado é Colin Firth. Depois da premiação por O Discurso do Rei, Firth interpreta Bill Haydon, um sujeito que se vê metido numa caça a um espião russo em meio à guerra fria. Exibido em Veneza, houve gente que estranhasse a lentidão da narrativa, mas ainda assim a produção mereceu atenção pela direção de Tomas Alfredson (Deixe Ela Entrar/2008) em sua primeira produção em língua inglesa. A tensão crescente da narrativa conta ainda com os reforços de Gary Oldman, Tom Hardy, John Hurt, Toby Jones, Mark Strong e Benedict Cumberbatch na trama criada pelo novelista John Le Carré. Como a Academia adora britânicos dificilmente nenhum deles será indicado...
Martha Marcy May Marlene
Entre as novatas a favorita é Elizabeth Olsen. Eu sei que você deve estar lembrando deste sobrenome de algum lugar! Pois é, a moça é a caçula da família daquelas irmãs gêmeas louras e chatinhas que vivem aparecendo pelas crises de anorexia (Mary Kate e Ashlee Olsen). Sorte que Elizabeth sabe que para ser atriz de verdade é preciso mais do que aparecer em revistas e fazer pose! Desde Cannes que a garota vem colecionando fãs por sua interpretação de uma adolescente problemática que tenta superar a participação num estranho e abusivo culto. Com cenas fortes e dando conta de situações perturbadoras, Elizabeth Olsen vem crescendo entre as favoritas à uma indicação ao prêmio de atriz. Escrito e dirigido por Sean Durkin, o filme ainda conta com mais uma atuação vigorosa de John Hawkes (Inverno da Alma/2010)
Drive
Falando em Cannes, apesar dos prêmios de direção no Festival francês, Drive é essencialmente um filme de ação eletrizante - e nós sabemos o que a Academia tem contra esse tipo de filme. Apesar de ter seu fã-clube crescente, o filme deve ficar de fora da categoria de melhor filme nas premiações... mas, nunca subestimem o poder de Ryan Gosling (que está cotado neste não não só pelo sucesso de Ides of March como por Amor a Toda Prova) no papel de um dublê que topa trabalhar de motorista de bandidos em assaltos. Carey Mulligan também deve dar trabalho como a pretendente do personagem (o papel lhe rendeu recentemente o prêmio de atriz coadjuvante no Hollywood Film Festival). Completam o elenco o sumido Albert Brooks, Ron Perlman e Oscar Isaac. Mas acredito que o filme deve aparecer mais em categorias técnicas.
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