segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Combo: Queridos Ridículos

Existem aqueles atores que não tem limites para mostrar seus talentos, muitas vezes encaram situações improváveis e conseguem sair  vitoriosos dessas situações constrangedoras. Muitas vezes podem não ganhar prêmios, mas aumentam seu fã-clube ao demonstrar que conseguem ser ridículos sem perder a ternura! Preparei uma listinha de filmes com cinco atores despudoradas quando o assunto é fazer rir com seus personagens queridamente ridículos...

5 O Virgem de 40 Anos (2005) Steve Carell já havia aparecido em algumas comédias, sempre como voluntarioso coadjuvante. Seu nome foi para os altos dos créditos quando encarou este arriscado filme de Judd Apatow sobre um homem de quarenta anos que nunca fez sexo. E devemos reconhecer que sem Carrell o filme amparado no contraste de Andy Stitzer (Carrell) com a malícia de seus amigos - e sociedade em geral - o filme teria menos fôlego. O longa parece repetir sempre a mesma piada (mas não evita colocar seu personagem em algumas das situações mais constrangedoras a que um ser humano pode se submeter - a confusão com os preservativos, as suas pretendentes complicadas, a depilação e os xingamentos Kelly Clarkson, o finalzinho com Age of Aquarius). Nos filmes seguintes, Carrell deixou ainda mais claro o seu segredo em ser adoravelmente ridículo: dosar nas entrelinhas de seu humor pitadas de legítimo drama. O cara voltou a demonstrar que não tem medo se ser respeitosamente ridicularizado em filmes lançados no ano passado: o besta  Um Jantar para Idiotas e o hilariante Uma Noite Fora de Série com Tina Fey.

4 A Morte Lhe Cai Bem (1992) Além de ser recordista de indicações da Academia (16!!!) e ter dois Oscars na estante, Meryl Streep adora soltar a franga numa comédia. Ela já havia mostrado que não faz beicinho quando precisa sair do seu status de diva e enfrentar uma perua megera com requintes de crueldade. Ela fez isso antes em Ela é o Diabo (1989), mas foi em A Morte Lhe Cai Bem que todo o senso de preservação é posto para escanteio (que atriz renomada e respeitada se submeteria à cena de... deteminadas partes da anatomia feminina ficando empinada novamente? Pouquíssimas, meus caros, pouquíssimas...). Não bastasse isso, a atriz estava passando dos temidos 40 anos quando participou desta fantasia que brinca com o horror de envelhecer. Esticando o pescoço daqui, empinando o popozão dali, se contorcendo toda acolá, Meryl mostra com quantos truques se (des)faz uma diva! Infelizmente não é sempre que a coisa funciona, e sua partipação no sonolento Mama Mia! (2008) lhe custou posições mais auspiciosas.

3 Trovão Tropical (2008) Owen Wilson teve uma crise depressiva e acabou saindo do filme a ser dirigido pelo amigo Ben Stiller. Acho que ninguém tem dúvida de que Owen é um bom comediante e com muitos fãs pelo mundo - e Stiller se viu num vespeiro quando teve de substituir o louro texano. Sorte que viu que Robert Downey Jr. tinha cara de pau suficiente para interpretar um astro hollywoodiano disposto a mudar de cor e alma para interpretar um negro. No papel de Kirk Lazarus, Downey mostrou que não era só o Iron Man e que conseguia fazer comédia escrachada das boas (o que deve ter rendido a avacalhação do segundo Homem de Ferro, mais cômico e com menos ação em suas mais de duas horas de projeção). Na pele de Lazarus, Downey é uma caricatura ambulante, mas é tão absurdamente brilhante e tão adoravelmente ridículo que acabou indicado ao Oscar de ator coadjuvante (17 anos depois de sua primeira indicação ao careca dourado pela atuação em Chaplin)!

2 Por Trás das Câmeras (2006) Catherine O'Hara é mais conhecida do público como a mãe de Macaulay Culkin em Esqueceram de mim (1990), mas a atriz é uma das musas de Christopher Guest e está sempre disposta a pagar mico em seus filmes! É difícil dizer nos documentários fictícios de Guest quem é capaz de perder mais senso de ridículo, mas,  como o cara coloca quase sempre a mesma patota em seus longas, acho que o desempate fica por conta da overdose de botox da personagem de Catherine que cogita ser indicada ao Oscar por um filme independente. Além da repaginada no rosto (que a faz repetir a mesma expressão monstruosa incansavelmente) ela ainda encurta e decota suas roupas para mostrar que além de boa atriz é uma mulher sexy e atraente [sic]. O'Hara está tão bem no filme que somos capazes de chorar e rir com ela na mesma cena - e como ela deve continuar nos filmes do diretor, ela merece nossa medalha de prata pela promessa de novas adoráveis ridicularizações!

1 Zoolander (2001) Se existe um ator que personifica a Lei de Murphy em todos os seus filmes, este alguém é Ben Stiller. Seja com sogros da CIA pegando no seu pé, criaturas de museu que ganham vida, filmagens no meio de uma guerra de verdade ou ter partes íntimas presas no zíper na noite de forrmatura, Stiller não vê limites em perder o respeito próprio em nome da comédia. Mas seu auge adoravelmente ridículo, foi sua atuação como o top model Derek Zoolander. Um sujeito fashion, filho de carvoeiro, inteligente feito uma ameba, com graves traumas por não saber virar para o lado esquerdo na passarela e que tem seu estrelato comprometido por um ripongo. Da pose de uma expressão só, passando pela conspiração de estilistas liderada por um tal de Mugatu (que pretende transformá-lo em uma máquina mortífera) o filme é puro delírio. Não satisfeito com tanta memorável pagação de mico, Stiller faz chacota até de seus traços faciais imitando um macaco!!! Ainda assim ele não ficou satisfeito e prometeu uma continuação para esta bem humorada sátira ao mundo da moda - e a si mesmo!  

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