domingo, 19 de fevereiro de 2017

INDICADOS AO OSCAR 2017: Melhor Ator

Andrew Garfield
 (Até o Último Homem) 
Andrew merecia uma indicação ao Oscar desde que repararam nele em A Rede Social (2010) em que interpretou o brasileiro Eduardo Saverin. Passou algum tempo ele ficou mais conhecido como Homem-Aranha na malfadada repaginada da Sony. Andrew conseguiu voltar a ser levado a sério como herói de guerra Desmond Doss, que ficou famoso por participar da brutal batalha sangrenta de Okinawa sem ter pego em uma arma (e mesmo assim, ter salvo dezenas de soldados). Garfield encarna as convicções de seu personagem de forma convincente e por isso foi lembrado pela Academia. É o estreante no Oscar dentro da categoria. 

É curioso que Ben Affleck tem dois Oscars na estante (como roteirista e produtor) e nenhuma indicação como ator - e que seu mano tenha duas indicações -  ator coadjuvante por O Assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford/2007 e agora como melhor ator por Manchester à Beira Mar - sendo o favorito da categoria. Ele vive de forma contida a dor de quem sobreviveu à uma tragédia e só perde a estatueta se o polêmico caso de assédio sexual em que se envolveu falar mais alto. Ele já levou dezenas de prêmios pelo papel, entre eles o Globo de Ouro, o BAFTA e o Critic's Choice.

Denzel Washington
(Um Limite Entre Nós)
Baseado na peça de August Wilson, o ator vive Troy Maxson um homem que tentou mudar de vida através do esporte e agora  tem um filho que deseja ser jogador de futebol. Ambientado nos anos 1950 o filme mostra uma realidade bem dramática e pode render ao astro seu terceiro Oscar. Denzel já possui uma estatueta de melhor ator por Dia de Treinamento (2001) e uma de ator coadjuvante por Tempo de  Glória (1989), mas já foi indicado outras vezes como ator em Malcolm X (1992), O Furacão (1999) e Voo (2012), além de coadjuvante por Um Grito de Liberdade (1987) e concorre a outro Oscar nesta edição por produzir este que é o seu terceiro filme como diretor. É o único no páreo que já foi premiado pela Academia anteriormente. 

Ryan Gosling 
(La La Land)
Embora tenha poucas chances nesta categoria, o musical de Damien Chazelle serviu para mostrar ao público que o ex-participante do Clube do Mickey sabe cantar, dançar e tocar piano! No papel do jazzísta que só precisa de uma chance para brilhar em Los Angeles, Ryan prova mais uma vez que dá conta tanto de produções ensolaradas quanto sombrias - basta lembrar que sua primeira indicação ao Oscar foi como o professor viciado em cack do deprimente Half Nelson (2006) e que logo depois lá estava ele concorrendo ao Globo de Ouro de ator de comédia com o espirituoso A Garota Ideal (2007). Esta é a segunda indicação de Ryan ao Oscar. 

Viggo Mortensen 
(Capitão Fantástico)
Quem diria que Viggo aparecia numa cerimonia do Oscar novamente? Eu não. Desde que foi indicado ao Oscar de melhor ator por Senhores do Crime (2007) o ator investiu em filmes alternativos que eram esnobados pela Academia (o caso mais notável foi com o excelente A Estrada/2009). Aos 58 anos o ator volta a concorrer a uma estatueta com esta comédia dramática onde vive um homem que se afastou da sociedade para criar os seis filhos ao lado da esposa (e de muito conhecimento adquirido através dos livros). Quando os filhos precisam interagir com o mundo lá fora as coisas complicam... o ator foi indicado a mais de uma dezena de prêmios pelo papel. 

Assim que o filme de Jeff Nichols foi exibido no Festival de Cannes decretaram que ele seria um dos pesos pesados do Oscar2017. No entanto, o tempo passou e o favoritismo do filme foi enfraquecendo, chegando ao Oscar somente com a indicação para melhor atriz (para  Ruth Negga). Esperava-se que acontecesse o mesmo que ocorreu no Globo de Ouro onde o longa foi indicado aos prêmios de ator e atriz em drama. Joel está magistral como o marido que é preso durante os anos 1950 por ter violado a lei contra o casamento inter-racial no estado da Virginia nos EUA. Perseguido, preso, condenado e banido do estado onde vivia (assim como a esposa) ele viveu essa história real com grande sensibilidade -e merecia o reconhecimento da Academia. 

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