quarta-feira, 25 de maio de 2016

Pódio: Tom Cruise

Devo dizer que não tenho problema algum com Tom Cruise. Sempre acho que pegam no pé dele por motivos óbvios, não me interessa informações sobre sua vida sexual, sua escolha religiosa ou a fama alcançada com os tropeços de sua vida social. Tom Cruise é um ator e o que vale é o que ele faz com um roteiro diante de uma câmera. Ponto. Dito isso, destaco nesse pódio os meus três momentos favoritos daquele que já foi o menino de ouro de Hollywood!


Bronze: o veterano de guerra.
03 Nascido em 04 de Julho (1989)
Embora não seja grande admirador do filme de Oliver Stone, respeito bastante a atuação de Cruise como o veterano Ron Kovic, que foi para a Guerra do Vietnã e voltou paraplégico para os EUA. Ao voltar, sente-se traído pelo país que sonhava defender e torna-se um ativista contra a guerra e a favor dos direitos humanos. Aos 27 anos, Cruise desenvolve as diversas fases de Kovic diante das câmeras, passando dos ideais de um jovem patriota à desilusão provocada pela nova realidade. A atuação lhe valeu a primeira indicação ao Oscar de sua carreira. 

Prata: o vampiro cult. 
Muita gente estranhou quando o diretor Neil Jordan escolheu Cruise para viver o cultuado vampiro Lestat dos livros da Anne Rice (a própria autora não concordava com a escolha). Quando o filme estreou, tornou-se um sucesso - em parte por mostrar o ator em um personagem totalmente diferente dos moços destemidos que encarnava. Lestat é um misto de predador e sedutor, pincele sua sexualidade com tintas de homoerotismo (ao lado de Brad Pitt - que Cruise odeia até hoje) e você terá uma das atuações mais ousadas de um galã do cinema. Pena que o Oscar não reconheceu a ousadia, indicando o filme somente nas categorias de trilha sonora e direção de arte. 

Ouro: o misógino magoado. 
01 Magnólia (1999)
Cruise sempre esteve disposto a trabalhar com diretores consagrados (trabalhou com Scorsese, Spielberg, Coppola, DePalma...), mas também fica atento aos novos talentos que podem lhe render atuações memoráveis. Foi assim que trabalhou com Paul Thomas Anderson neste que muitos consideram o seu melhor trabalho. Em meio aos vários personagens do filme, Tom vive um palestrante misógino que guarda uma grande mágoa familiar. Seu encontro com o pai, rende um dos momentos mais arrepiantes do filme (e mais ainda se você souber das semelhanças com a vida real do astro). O estranho Frank Mackey lhe valeu o Globo de Ouro de coadjuvante e uma valiosa indicação ao Oscar da categoria (e perdeu por pouco para Michael Caine). 

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