domingo, 27 de março de 2016

Pódio: Paul Dano

Bronze: o escritor inseguro. 
Ruby Sparks (2012)
Cansado dos papéis sombrios que os estúdios lhe ofereciam, Paul Dano investiu no filme escrito pela namorada, Zoe Kazan, sobre um escritor que cria uma personagem que se torna de carne e osso e passa a ser sua namorada perfeita (vivida pela próprioa Zoe Kazan). O problema é que o escritor é inseguro demais para manter o romance agradável para os dois. A dupla Jonathan Dayton e Valerie Farris (que revelaram o ator em Pequena Miss Sunshine/2006) dão vida a um romance surreal que revela muito sobre o que pode sabotar um relacionamento promissor.

Prata: o músico genial problemático
Love & Mercy (2015)
No Brasil o filme recebeu o título horroroso de The Beach Boys - Uma História de Sucesso, mas retrata mesmo é a história do vocalista Brian Wilson e todos os problemas que enfrentou na carreira e na vida pessoal. Paul Dano vive o músico quando jovem em sua busca por inovações sonoras para a criação do antológico álbum Pet Sounds. Dano é tão convincente em cena, que até esquecemos que é um ator interpretando um personagem. A serenidade, a paixão pela música e a genialidade de Wilson dividem espaço com seus problemas emocionais (e substâncias ilícitas) numa atuação notável. 

Ouro: o pregador ambicioso
Sangue Negro (2007)
Trabalhar com Paul Thomas Anderson costuma render atuações memoráveis aos atores, com Dano não foi diferente. Vivendo um religioso cheio de cobiça motivada por um acontecimento no passado - que o liga ao explorador de petróleo Daniel Plainview (Daniel Day-Lewis) - o ator vive um antagonista à altura do anti-herói vivido por um astro do quilate de Day-Lewis. Paul conseguiu uma atuação memorável num papel complexo e pouco agradável. O duelo final entre os dois personagens é um dos momentos mais marcantes do cinema do século XXI e serviu para deixar os papéis de mocinho para trás. 

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