sábado, 24 de agosto de 2013

Combo: Gigolôs

É interessante perceber que existe uma diferença no uso da palavra gigolô em alguns países, em alguns (como os EUA e a Espanha) a palavra gigolô serve para descrever o trabalho de garoto de programa, enquanto isso, na América Latina, o termo é utilizado para descrever homens que utilizam mulheres para o seu sustento. Essa espécie de confusão pode ser percebido em vários filmes que chegam por aqui, de dramas com pretensões sofisticadas, passando por comédias e ficções científicas, os gigolôs são personagens recorrentes em vários filmes, mas apenas alguns podem entrar para a história:

05 Fading Gigolô (2013) O filme nem estreou ainda, mas já tem gente contando os dias para ver Woody Allen e Sofia Vergara juntos numa mesma produção. É verdade que os filmes dirigidos por John Turturro nunca chegam a empolgar, mas dessa vez parece que a coisa vai dar certo. No filme, um gigolô decadente (Turturro) conta com a ajuda de um cafetão (Woody Allen) para dar um upgrade em sua carreira. Se contarmos as cenas e fotos que o personagem aparece com Vergara (da série Modern Family) e a loura Sharon Stone, a carreira dele parece que melhora consideravelmente. O longa deve estrear por aqui no dia 27 de dezembro. 

03 Aprendiz de Gigolô (2010) Ao ver José Garcia todo taciturno em O Corte/2005 eu nunca imaginei que ele daria conta de ser um gigolô francês, mas ele se sai muito bem nessa divertida comédia onde um cara certinho precisa ajudar a polícia se disfarçando do irmão gêmeo (que ele nem sabia que existia). As risadas são garantidas e as cenas mais sensuais (com as três profissionais gerenciadas pelo personagem) ficam em terceiro plano (ainda que gere uma das cenas de sexo mais bobas da história). Ainda faz parte da graça expor um lado nada glamouroso da carreira desses profissionais do submundo - mesmo que a violência presente pareça ter saído de uma história em quadrinhos. 

03 Gigolô por Acidente (1999) Não sou muito fã das comédias de Rob Schneider, mas devo reconhecer os méritos do ator em fazer dessa bobagem um sucesso. Deuce era um simples limpador de aquários até ser confundido com um gigolô e ter que levantar uma grande quantia em dinheiro o mais rápido possível. Sobra pagação de mico do personagem com tudo quanto é tipo de cliente, mas a plateia vai ao delírio (e não vou entrar no mérito da estampa do ator principal). O filme fez um sucesso tão surpreendente que recebeu até uma continuação em 2005, onde (obviamente) o personagem passa apuros na Europa (prato cheio para explorar preconceitos estereótipos)

02 Inteligência Artificial (2001) Sempre que vejo esse filme de Spielberg, tenho a impressão que ele não percebeu o personagem de ouro que tinha nas mãos, afinal é a fantasia favorita dos nerds: robôs para fazer sexo (a ideia foi até retomada na excelente série sueca Real Humans que está prestes a ter sua segunda temporada). Aqui o clichê é vivido em grande estilo por Jude Law, que na pele de Gigolo Joe chama tanta atenção quando o robô mirim vivido por Haley Joel Osment (por onde ele anda?). Joe é feito para proporcionar prazer, mas é acusado de um crime armado pelo esposo ciumento de uma de suas amantes. Como a rixa entre homens e máquinas chega aos extremos, o final do personagem poderia ter sido melhor do que o providenciado pelo roteiro (e garantiria fácil o primeiro Oscar da carreira de Law), mas falar mal do desfecho desse filme já é outro clichê. 

01 Gigolô Americano (1980) Acredito que nenhum filme sobre gigolôs teve o peso desse longa assinado pelo cineasta Paul Schrader. É público e notório que o diretor gosta de personagens polêmicos e tirou a sorte grande quando escalou Richard Gere para viver Julian Kay, um homem que vive às custas de suas clientes da alta sociedade. Kay não tem do que reclamar: jantar nos melhores restaurantes, apartamento em local nobre, um carrão na garagem, belas mulheres... o problema é quando ele se torna suspeita de um assassinato. Apesar do tom melancolicamente sombrio, o filme se tornou um clássico dos anos 1980 e tornou Gere em astro com fôlego que dura até hoje. Definitivamente, ser um gigolô de sucesso não é para qualquer um!

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