sábado, 26 de janeiro de 2013

INDICADOS AO OSCAR 2013: Ator Coadjuvante

Alan Arkin (Argo) Atuando desde a década de 1950, o veterano Arkin conquistou sua quinta indicação ao Oscar pelo papel de Lester Siegel, um produtor de cinema que auxilia o agente interpretado por Ben Affleck no resgate dos americanos escondidos na embaixada canadense no Irã. Dizem que Siegel é a junção de três personagens que existiram na vida real e que se tornou um dos alívios cômicos do filme. Faz cinco anos que o veterano conquistou seu primeiro Oscar como o avô espertinho da Pequena Miss Sunshine (2006). Antes de ser premiado como coadjuvante o ator concorreu ao prêmio da Academia de Melhor Ator pelo dramático Por Que tem Que ser Assim? (1968) e pela comédia Os Russos Estão Chegando! (1966). 

Christoph Waltz (Django Livre) foi descoberto por Quentin Tarantino quando precisava de um ator multifacetado capaz de dar vida ao vilão ardiloso de Bastardos Inglórios (2009), pelo trabalho, o austríaco Waltz ganhou o Oscar de coadjuvante e uma penca de prêmios. Depois de filmar sem parar desde então, o ator resgatou sua parceria com Tarantino em outro papel educado, mas que explode em violência quando provocado - a diferença é que ele agora está do lado do mocinho, no caso Django (Jamie Foxx) que pretende resgatar sua esposa da fazenda de um fazendeiro malvado. Visto como azarão na categoria, suas chances aumentaram bastante depois da vitória no Globo de Ouro. 

Phillip Seymour Hoffman (O Mestre) Hoffman já tem seu Oscar de melhor ator na estante por Capote (2005), além de outras duas indicações de coadjuvante no currículo (pelo sacal Jogos de Poder/2007 e Dúvida/2008). Desta vez o ator vive o polêmico Lancaster Dodd, um cientista que acaba de criar uma nova religião e se torna mentor de um homem despedaçado... baseado no criador da cientologia, L. Ron Hubbard, o papel já rendeu a Phillip o prêmio de melhor ator em Veneza ao lado do parceiro de cena Joaquin Phoenix e tem fortes chances de ser premiado novamente (já que o aclamado O Mestre teve indicado somente sua trinca preciosa de atores). 

Robert DeNiro (O Lado Bom da Vida) já parecia ser um desses casos perdidos de Hollywood. Fazia tempo que o veterano não era lembrado pela Academia - desde Cabo do Medo (1991). Neste ano o ator recebeu sua sexta indicação ao Oscar pelo pai com transtorno obsessivo compulsivo de um homem bipolar. DeNiro é o único concorrente que já tem duas estatuetas em casa, uma de melhor ator por Touro Indomável (1980) e outra de coadjuvante por O Poderoso Chefão II (1978). Ele ainda concorreu ao prêmio de Melhor Ator por Taxi Driver (1976), O Franco Atirador (1978) e Tempo de Despertar (1991). Depois de se dedicar a tantas comédias bobas, o veterano finalmente achou uma comédia à altura do seu talento. 

Tommy Lee Jones (Lincoln) para fechar essa categoria peso pesado do Oscar 2013 - afinal, todos os concorrentes já tem estatueta em casa - o sisudo Tommy Lee Jones comemora sua quarta indicação ao prêmio. Ele já concorreu anteriormente ao prêmio de coadjuvante por JFK (1991), mas levou para casa o mesmo somente por O Fugitivo (1993). Depois ele ainda concorreu ao prêmio por No Vale das Sombras (2007). Agora ele volta ao prêmio da Academia na pele de Thaddeus Stevens, um republicano radical, tão radical que alguns o consideravam um verdadeiro ditador no congresso. Stevens tornou-se uma figura importante tanto na Guerra Civil americana quanto no tratamento aos escravos libertos. Ou seja, uma figura histórica tão importante quanto o protagonista do filme de Steven Spielberg

O ESQUECIDO: LEONARDO DICAPRIO (Django Livre) era o favorito ao posto de ganhador de Oscar pelo filme de Tarantino, mas bastou colocá-lo ao lado de Christoph Waltz para que começasse a enfraquecer nas bancas de apostas. Pelo papel de um vilão execrável - o qual desempenha com uma eficiência ainda maior do que suas últimas (e ótimas atuações) - a Academia o ignorou mais uma vez. Talvez, num ano onde o pré-requisito parece já ter sido premiado pela Academia, suas três indicações náufragas ao careca dourado (coadjuvante por Gilbert Grape/1993 e melhor ator por Aviador/2004 e Diamante de Sangue/2006) não tiveram tanto peso. 

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