quinta-feira, 14 de julho de 2011

Combo: Os maiores nomes do cinema

Ao falar do filme que rendeu a Casey Affleck uma indicação ao Oscar de coadjuvante eu me dei conta de como existem filmes com nomes tão grandes que são capazes de nos fazer perder o fôlego só de lembrar o nome deles. Fico pensando no problema que foi quando entraram em cartaz nos cinemas e tinham que colocar aquele nome gigantesco nos letreiros. Eu lembrei de alguns e destes, esses foram os maiores da lista:

5 Para Wong Foo, obrigado por tudo! Julie Newmar (1995) Quem foi o gênio que resolveu colocar como título de um filme, um autógrafo? Pois é, Julie Newmar interpretava a Mulher Gato original no seriado do Batman. Além de ícone gay, Julie serviu de inspiração para um trio de impagáveis travestis cruzarem o interior estadounidense para reencontrá-la. Pena que o carro quebra no meio de uma cidadezinha cheia de preconceitos e as três causam um misto de estranhamento e sensação nos moradores locais. O filme estrelado pelo trio traveco improvável Patrick Swayze, Wesley Snipes e John Leguizamo nunca esteve tão engraçado numa tela! Para ficar melhor o filme só deveria ter sido lançado antes do sucesso australiano Priscilla, a Rainha do Deserto (1994). Mais escrachado e inofensivo o filme não podia ficar de fora desta lista por suas quilometragem de 37 letras!

4 Coisas que você pode dizer só de olhar para Ela (2000) O filme de Rodrigo Garcia quase empata com o filme anterior! Apesar do nome robusto o filme é um primor de sutileza ao explorar dramas femininos de uma  forma diferente. Rodrigo conta a história de várias mulheres, uma (Glenn Close) que cuida da mãe vítima de AVC, uma amante (Holly Hunter) que cogita o aborto, um casal de lésbicas (Calista Flockhart e Valeria Golino) que tenta lidar com uma doença terminal, uma mulher que se apaixona por um anão (Kathy Baker), uma professora cega (Cameron Diaz) e sua irmã policial (Amy Breneman). Nada é óbvio no caminhar da trama e dizem as más línguas que se o filme não tivesse um nome tão grande teria entrado em cartaz nos cinemas americanos e figurado em várias animações. Infelizmente, ninguém sai impune por ter um título com 10 palavras e 38 letras! Nem quando se é a promissora estreia do filho de Gabriel Garcia Marquez.

3 Coisas para fazer em Denver quando você está morto (1995) Chega a ser um desperdício usar dez palavras para nomear um filme que não tem muito a dizer. Denver foi um dos inúmeros filmes que pegaram carona no estilo de Pulp Fiction (1994) de Tarantino e distribuíram violência estilizada em suas exibições. O elenco ainda contava com nomes de grande apelo cult na década de 1990, como Andy Garcia, Gabrielle Anwar e Christopher Loyd. Pena que por mais admiradores que tivesses não conseguem fazer milagre neste filme de Gary Fleder. O filme conta a história de um gângster que prefere usar palavras do que armas (Garcia), mas que depois de um plano mal sucedido tem que sair às pressas da cidade de Denver para não ser morto. São quarenta e duas letras usadas para não dizer muita coisa.

2 O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford (2007) Enquanto as pessoas declaravam guerra aos SPOILERs na internet, o diretor Andrew Dominick mostrou que tem coragem de sobra para contar todo seu filme em uma frase. O filme é isso aí e ninguém reclamou muito, já que conseguiu vagas em categorias do Oscar (destaque para Casey Affleck concorrendo como coadjuvante) e levou o Leão de Ouro de Melhor ator em Veneza pela boa atuação de Brad Pitt. James (Pitt) é o lendário pistoleiro dos EUA que agia com seu bando de parentes, seu maior erro vai ser deixar o calado Robert Ford (Affleck) entrar no bando. Pitt está preciso num papel que tem muito de sua aura célebre, mas a forma como trabalha as paranóias de seu personagem não merecia ser ofuscado pela atuação de Casey. Os dois estão ótimos neste filme que gastou 45 letras para contar seu próprio final.

1 Tudo o que você sempre quis saber sobre sexo (mas tinha medo de perguntar) (1972) A década de 1970 foi um momento espinhoso para Hollywood, estava na hora de explorar novas linguagens no cinema e procurar novos autores que fossem capaz de se comunicar com um público que não dava bola para a linguagem clássica do cinema de então. Nesta época Woody Allen bolou um de seus filmes mais divertidos e nonsense. Baseado no famoso livro de... onde relatava contos com curiosidades sexuais, Allen chutou o pau da barraca e desenvolveu os episódios deste longa que investe em homens apaixonados por ovelhas, espermatozóides em crise existencial, um programa de televisão onde as pessoas contam suas perversões, um bobo da corte adepto de afrodisíacos... não tem limites para este filme de título sério (construído com 14 palavras e 59 letras!!!) que mostra o quanto tabus sexuais podem ser abordados de forma divertida e inteligente.

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